20 de ago. de 2008

Covilhã - Torre - Covilhã

Após uma visita em passeio com a família à Serra da Estrela, mais concretamente ao Piodão, e depois do cenário visto e presenciado, decidi que tinha de ir pedalar na Serra. Mais ainda, decidi pela primeira vez subir à Torre. Fui de imediato à loja de bicicletas na zona para adquirir uns pneus finos para estrada, pois não me estava a apetecer fazer alcatrão com pneu 2.0. O trajecto foi subir à Torre pela Covilhã, descer até Seia e contornar a Serra de volta à Covilhã.
9h00 e estava a cruzar as ruas da Covilhã em busca da temida. Pouco trânsito, céu limpo, temperatura amena e não muito vento. A moral estava muito em alta, pois só imaginava a chegada à Torre. Início oficial de subida, mudança engrenada e só restava pedalar até ao cimo. A placa sinalizadora marcava 20 Km até à Torre.

A uns 5 km do ínicio da subida cruzei-me com dois colegas de estrada que estavam igualmente a subir, sendo que um deles, o colega Amândio, juntou-se comigo para seguirmos a par até ao cimo. O ritmo aumentou com a conversa a subida sempre se fazia mais levemente.

Momento de viragem na subida, a chegada às Penhas da Saúde. A temperatura do vento baixa abruptamente. Um vento gélido, quase a congelar o nariz.
A parte da subida mais complicada, no meu entender, foi até ao Centro de Limpeza, pois até aí pareceu-me ser maior a percentagem de inclinação com troços curtos, sendo que após o Centro a percentagem diminuía mas os troços eram mais longos. A chegada à Torre estava para breve, 7 Km a partir do Centro de Limpeza. A paisagem começava a revelar-se.
10h30, com uma média de sensivelmente 17 km/h, a chegada ao ponto mais alto de Portugal Continental!
O vento forte e frio fazia-se sentir, não havia muito tempo para estar parado pois a descida para Seia era longa. Algumas fotos, entretanto o colega do Amândio chegava e eles tomavam o seu caminho. Eu lá iniciei a descida até Seia.
Tremia por todos os lados, nem a manga comprida que tinha vestido chegava para cortar com o frio. A descida era feita a cerca 60 km/h.
Paragem no Sabugueiro para abastecimento sólido. Chegada a Seia e início do regresso pela nacional que contorna a Serra. Não sabia onde me estava a meter, mas o cenário prometia, longos vales e serras. A partir daqui foi um sobe e desce constante. As povoações situavam-se sempre nos vales, pelo que era a descer e a subir, a descer e a subir, e por aí fora. Destaco a povoação de Loriga, com uma praia fluvial fantástica, num cenário impressionante. Este tipo de praias é vulgar por esta zona, com comportas criam lagos naturais e o aspecto é fantástico.
E a povoação de Alvoco da Serra. O cenário com serras sempre em envolvente.O trajecto revelou-se demasiado exigente, sempre com subidas e descidas, sendo que a média mantinha-se sempre num valor relativamente elevado ao que tinha previsto. Cheguei ao fim à hora prevista e pretendida, com um belo empeno, mas com uma recordação fantástica do local. Centenas de trilhos e estradões pelas serras fora à espera. Foram 135 km de puro prazer.

Um comentário:

Ricky Rock disse...

Só apetece dizer INCHAAAAAAAAAAAAAAA!!!

Temos que estudar bem a Serra, e ir lá subir mas por trilhos, pois deve ser ainda mais fabulástico.

Belas fotos, apetecem saltar lá para dentro e ir pedalar nelas!