2 de ago. de 2008

Belém a Setubal, 1ª e 2ª etapas da VP BTT

O dia começou mais cedo que o habitual, eram 8h da matina e já estava na estação de Belém a comprar o bilhete para o barco. De seguida apareceu o Telmo e fomos os dois até a Torre de Belém para a partida oficial. Lá encontrámos o Filipe e o Fario, e feito tiro de partida lá partimos para o Barco, onde deveria estar o Malheiro e 2 colegas, deveria, porque afinal ainda estavam na Praça do Comércio! Após um breve telefonema, foram informados que o Barco não esperava, e teriam que vir a voar para o apanhar. Não sei se beberam alguma bebida que lhes desse asas, mas o que é certo é que o barco esperou, e eles ainda conseguiram saltar para dentro do barco, mesmo após ele já ter começado a arrancar. Foi assim um começo de etapa atribulado, mas ao mesmo tempo parecia saído de um qualquer filme do 007! A saída da Trafaria foi mais normal, seguiu-se a passagem pelo paredão da Costa, onde parecia que andavam a dar alguma coisa, tanta era a gente, que tornava mais difícil a circulação por ali do que por qualquer dos trilhos mais complicados do Sicó! Ai surgiu a 1ª dose de areia, pois o track original deveria sair do paredão por uma saida que esta cortada pelas a decorrer, e tivemos que atalhar pelo uns belos montes de areia. Areia essa que nos acompanhou até à Lagoa de Albufeira, não sem antes dentro da Apostiça sermos avisados pelos Guardas da mesma que nesta altura não deveríamos andar por ali. Na Lagoa juntou-se a nós o Rui que está por lá passar férias, e seguimos rumo ao espichel, já com o calor a apertar apesar da brisa vinda do mar. Eram 12h30 quando lá chegámos, e hora de repor o combustível. Depois dos níveis estabelecidos, partimos rumo ao final da 1ª etapa, o que se pensava que seria breve, pois Sesimbra é logo ali! Mas a situação complicou-se quando o Malheiro decidiu fazer braço de ferro com uma pedra, e a pedra venceu. Assim ele saiu do jogo com uma clavícula deslocada e algumas mazelas. Esperemos que não seja nada de grave, e que recupere rápido. Assim chegamos a Sesimbra já perto das 14h30, não sem antes fazer uma espectacular subida cheia de calhaus, que me elevou e de que maneira os níveis de adrenalina, chegando lá acima com vontade de lutar contra aqueles calhaus de novo.

Em Sesimbra optámos por mais um abastecimento, e algum tempo à sombra, pois os termómetros marcavam 39ºC, estava um excelente dia de praia por lá, sem vento, e muito muito sol. Este calor e o atraso verificado, levou a que o Fario e os colegas do Malheiro optassem por partir por estrada rumo a Coina, para ai apanharem o comboio de regresso. Ficaram os Inchas que começaram a 2ª etapa a lutar contra aquele calor, tentando refrescar-se ao máximo. O single por baixo do Castelo era espectacular, apesar que a descer deve ser ainda melhor.
Seguiu-se a Arrábida, e já se sabe que em dias de calor, toda aquela terra vermelha aquece e bem, e sem vento algum, os 40ºC eram um verdadeiro massacre para a estabilidade do corpo, mas as paisagens, e trilhos lindíssimos levavam a que o calor fosse um mal menor. Em V.N. Azeitão paramos para o ultimo abastecimento e refrescamos bem com uma bela torta.

O tempo começava a ser escasso, e os comboios em Setubal serem apenas de hora a hora, e a falta de iluminação para o regresso após o comboio, levou a que optássemos por não efectuar o trilhos dos moinhos, e fazer o caminho por baixo em direcção a Palmela. Seguimos então em direcção a Palmela, e dai para Setubal. Depois de Palmela o trilho estava cortado por um muro, e tivemos que atalhar por um terreno cheio de picos secos, o que se veio a revelar problemático para o final da etapa, pois 1º o Rui e depois o Filipe, ambos furaram, e fizeram com que os 3 Inchas quisessem optar por ir directos ao comboio sem passar pelo Castelo, pois o tempo de partida para o próximo comboio estava perto, e não se conhecia o caminho até ao Castelo. Eu por meu lado decidi assim avançar para o Castelo sozinho, pois foi esse o objectivo a que me propus quando decedi fazer as 2 etapas de seguida, e assim foi, tomei o rumo do Castelo, e a bom tempo o fiz. deliciei-me com uma fantástica calçada Romana a subir para os lados do Castelo, e com a vista espectacular que o Castelo de S.Filipe proporciona sempre. Descer aqueles degraus para a saída do castelo foi uma sensação de objectivo cumprido, que juntando ao facto que ainda tinha 14 minutos para chegar a estação, me subiu novamente todos os níveis de adrenalina possíveis, e pus-me a descer para Setubal, ao máximo que as pernas davam, após 115 km e cerca de 7h15 em cima da bike. A estação não sabia onde era, e fui perguntando a quem encontrava o caminho, mas parece quem por aquelas bandas, só sabem onde fica o estádio do Bonfim, e que poucos andam de comboio, e assim me desenrasquei, pois sabia que a estação era muito perto do estádio. Cheguei lá comprei o bilhete o mais rápido que pude, e entrei a voar para dentro do comboio pensando que os outros já lá estariam. O comboio arrancou de seguida, e envio uma mensagem ao Telmo dizendo que tinha conseguído e estava na ultima carruagem. Quando surpreendentemente recebo uma mensagem dele, a dizer que tinha havido um novo furo, e que não tinham conseguído apanhar aquela coisa tão grande e com 2 andares. Eu ainda consegui chegar a Lisboa ao lusco fusco, que me permitiu chegar ao carro em segurança. O resto do pessoal espero que se tenham desenrascado,e que o raio dos picos não tenham feito mais vitimas. Foi um excelente dia de BTT, que me proporcionou momentos muito bons. As melhoras para o Malheiro.

Coloco algumas fotos do dia:

































































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