6 de out. de 2008

SuperTravessia Porto > Nazaré > Lisboa 4 e 5 de Outubro

Chegada à cidade invicta já o sol se escondia. Uma primeira pedalada até à Pensão Porto Novo onde iríamos pernoitar.
O jantar teve esta companhia interessante, duas amigas oriundas do outro canto do mundo.
De salientar o pormenor da sala de estar das senhoras da pensão, onde se encontram duas camas... ui ui...
A saída dos guerreiros foi às 8h00. Desta vez o vírus atacou por apenas 30 min. Estava fresco mas com o céu limpo, ainda deu para disfrutar da cidade com algum luscofusco. O desafio era grande, 220 km, e era imperativo arrancar de imediato de forma a tentar chegar o mais cedo possível. Uns valentes gritos INCHA para acordar o pessoal e fazer saber da nossa presença e lá seguimos em direcção a sul.
A saída da cidade foi feita por ciclovia, que se viria a revelar a via dominante deste primerio dia.
Travessia da Ria de Aveiro no ferry.
Impressionante a quantidade de quilómetros de ciclovias, com passagens subterrêneas, alguns metros afastadas da estrada, o que confere alguma segurança e conforto, para além de assim se circular entre arvoredo, sempre mais agradável e sem o cheiro do dióxido de carbono.
Primeira paragem para abastecimento na Tocha. E que abençoada pastelaria caseira que encontrámos. Depois da bela da sandes marcharam dois pastelinhos de amêndoa, um no estômago e outro na mochila.
Aproximação à Figueira da Foz.
Mais um abastecimento rico em calorias e tudo mais. Com andamento de campeões temos de ter abastecimentos à altura, e como tal mais sandes e duas farturas para o estômago, já iriam chegar até ao jantar... INCHA!!!
Esta foi talvez a perspectiva mais impressionante desta viagem. Uma autêntica miragem de ciclovia.
Chegada a Nazaré com este "postal" impressionante... eram 19h30. Foram 9h40 a pedalar, num total de 11h30. O primeiro objectivo estava concluído, 220 km, e com esta recepção impressionante ficou a sensação de satisfação por este feito incrível. Foi feito mais alcatrão do que o esperado, pois grande parte do que não era alcatrão era areia. As perspectivas para o dia seguinte eram positivas, embora só no momento se iriam avaliar as condições físicas. Neste primeiro dia serviu-me de habituação a pedalar com as tralhas às costas, sendo que a mochila escolhida foi aprovada, cumpriu o seu papel muito bem, sem mazelas nem a sensação de estar um dia inteiro a acartar tralha às costas.
Domingo o vírus atacou por poucos minutos, pois como prevenção deitámo-nos cedinho, após um jantar num de dezenas de restaurantes da zona. Largada às 8h30. O dia prometia ser mais irregular, com mais acumulado e não tanto rolante como na véspera.
E como o dia prometia mais subida começámos logo a subir.
S. Martinho do Porto.
Peniche ao longe, cada vez mais perto.
Enquanto o parceiro de viagem descansava à sombra eu estava a digerir uma bela de uma pizza média, mais um abastecimento à altura do desafio. INCHA
Santa Cruz. Trilhos e singles fantásticos, talvez os mais divertidos da travessia.
Um pequeno passeio forçado pela praia.
Chegada à Ericeira. A meta estava cada vez mais próxima e a possibilidade de conseguirmos superar o nosso desafio era real e positiva, pelo que a moral subiu e foi sempre a rasgar até Queluz. Nem parecia que tínhamos 350 já percorridos nas pernas e a acartar a casa às costas.
Palácio de Queluz. INCHAAAAAA!!!!!!! Ora aí está o tão desejado final, a tão desejada visão que conseguimos alcançar ao fim de 160 km neste segundo dia. O total do dois dias foram 380 km.
Um agradecimento ao Ricardo que tratou da logística deste evento, que já com alguns contactos permitiu arranjar alojamentos à maneira INCHA, ao bicho que nos transportou para o Porto, do qual infelizmente não possuímos registo, à pensão Porto Novo (recomenda-se!!), às Nazarenas em especial (nunca vi tanta saia junta) e pessoalmente à minha Taurine que se comportou mais uma vez de forma irrepreensível (e como prémio está a receber neste momento uns componentes novos).
INCHAAAAAAAA!!!!!!!!!!!!!

Um comentário:

Anônimo disse...

Mais uma vez parabéns pelo relato e pelo feito e... INCHA!